DeepSeek: Como a IA chinesa está redefinindo o jogo no Vale do Silício
Tecnologia chinesa é mais barata, funciona de maneira equivalente e utiliza menos poder computacional que o Chat GPT
A DeepSeek, uma startup chinesa de inteligência artificial, está causando ondas no mercado global de tecnologia. Seu modelo de IA de código aberto não só se tornou um dos aplicativos mais baixados nos Estados Unidos, mas também está desafiando as gigantes do Vale do Silício, como OpenAI, Google e Meta. Com um desempenho comparável ao ChatGPT, mas com custos significativamente menores, a DeepSeek está provando que a China pode não apenas competir, mas também inovar em um setor dominado por empresas americanas.
A China já era conhecida por suas pesquisas avançadas em IA, mas faltava um produto que pudesse rivalizar diretamente com os chatbots líderes do mercado, como o ChatGPT ou o Google Gemini. Isso mudou em 2024, quando várias empresas chinesas começaram a lançar modelos impressionantes. Um exemplo notável é o Qwen, da Alibaba Cloud, que ganhou popularidade na comunidade técnica por sua eficiência e por ser uma alternativa de código aberto ao Llama, da Meta.
No entanto, foi a DeepSeek que realmente sacudiu o mercado. Lançado no final de 2023, seu modelo de IA não só alcançou um desempenho semelhante ao do ChatGPT, mas também superou expectativas ao ser mais otimizado e econômico. O que torna essa conquista ainda mais impressionante é o fato de a China ter conseguido driblar as sanções americanas que limitam seu acesso aos chips mais avançados, como as GPUs H100 e H200 da Nvidia.
Sem acesso a essas tecnologias de ponta, a DeepSeek optou por uma abordagem mais eficiente. De acordo com seu Relatório Técnico, a empresa utilizou apenas 2,78 milhões de horas de GPUs H800 — um chip menos potente e customizado para o mercado chinês. Em comparação, a Meta precisou de 30 milhões de horas de GPUs H100 para treinar seu modelo Llama.
Mas o impacto da DeepSeek vai além dos números. Ela está desafiando um paradigma que tem guiado o Vale do Silício: a ideia de que o desempenho da IA está diretamente ligado ao aumento da capacidade computacional, do volume de dados e do tamanho dos modelos. A DeepSeek prova que é possível alcançar resultados semelhantes com métodos mais eficientes, questionando a necessidade de investimentos bilionários em infraestrutura.
Esse novo cenário já está causando reações no Vale do Silício. Relatos indicam que a Meta criou "War Rooms" com engenheiros para entender como a DeepSeek funciona, enquanto as ações da Nvidia caíram 15% em meio às incertezas sobre o futuro do mercado de IA. Ainda é cedo para dizer se o impacto da DeepSeek será duradouro, mas uma coisa é certa: a China está mostrando que, mesmo diante de sanções e desafios, é capaz de inovar e competir em um dos setores mais estratégicos da tecnologia.
A ascensão da DeepSeek não é apenas uma vitória para a China, mas um alerta para o Vale do Silício. Em um mundo onde a eficiência e a acessibilidade estão se tornando tão importantes quanto a capacidade técnica, a corrida pela dominância da IA pode estar entrando em uma nova fase — e a DeepSeek está liderando o caminho.
Trocando em miúdos: enquanto as grandes empresas americanas gastam bilhões de dólares no desenvolvimento da Inteligência Artificial e tentam boicotar os chineses, eles conseguiram - mesmo sem acesso aos mais poderosos processadores - desenvolver um método computacional que custa 99% a menos, gasta 60% menos energia para funcionar e ainda entregam o código para a humanidade porque toda a tecnologia deles é Open Source.
Para usar a DeepSeek o endereço do Chat é: chat.deepseek.com